Em tempos longínquos era comum o atendimento domiciliar, o médico acompanhava toda a família, do nascimento das crianças até a sua vida adulta. Esse conhecimento do histórico do paciente, permitia que o médico da família fosse mais preciso em seus diagnósticos e tratamentos. A relação médico e paciente também era algo mais íntimo, afinal, o profissional da saúde conhecia a família por gerações.
Com a modernidade e a introdução de técnicas e instalações hospitalares, esse serviço se tornou antiquado para alguns e privilégio para outros. No entanto, essa visão vem mudando e o atendimento domiciliar é uma opção para pacientes que cumprem à risca as medidas preventivas de isolamento social. “Durante todo o período de pandemia, tenho cumprindo a agenda de consultas dos meus pacientes. Na luta contra o combate a Covid-19, muitos atendimentos eletivos (consultas e cirurgias) foram suspensos, e casos que estavam controlados, evoluíram para quadros mais sérios, devido a falta de acompanhamento”, esclarece o médico internista, Dr. Bruno Cavalcante.
Com as orientações das autoridades de saúde em que a população deve evitar sair de casa, o atendimento domiciliar feito por médicos, recebeu uma maior demanda entre a população de menor idade, (recém-nascidos) e idosos. Além dos casos específicos, das pessoas com dificuldades de mobilidade, que já usufruiam deste serviço, antes mesmo da pandemia.
Segundo Cavalcanti, o atendimento domiciliar possui diversas vantagens, desde sociais como econômicas. “Posso apontar, como os principais benefícios, ao meu ver, a humanização do atendimento, diminuição do risco hospitalar, otimização de leitos hospitalares para pacientes que não tem a opção de receber os cuidados em casa, e a redução dos custos com diárias, no caso de internações em unidades de serviço da rede particular”, diz.
“Há também o fator emocional envolvido, muitos pacientes se sentem mais confortáveis e amparados ao receber tratamento especializado dentro do seu lar, ao lado da família. Esse sentido, tem papel muito significativo na recuperação do paciente”, finaliza.
O que é um médico internista?
A Medicina Interna, mais conhecida no Brasil como Clínica Médica, é uma especialidade destinada à prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças do adulto, uma área que aplica o conhecimento científico e a experiência clínica ao cuidado do paciente. É por definição uma especialidade de cuidado do adulto, saudável ou doente, agudo ou crônico.
O especialista em clínica médica deve ser treinado para reconhecer e tratar uma ampla gama de doenças e pacientes com as mais diversas patologias, doenças crônicas e doenças concomitantes. Ele é preparado para lidar com a maioria dos problemas que o paciente pode trazer, não importando o quão simples ou complexo ou o quão raro ou comum seja a situação.
Sobre Dr. Bruno
Dr. Bruno Bezerra de Menezes Cavalcante é formado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com distinção acadêmica Magna cum Laude. No internato, estagiou nos Estados Unidos, quatro meses na University of Miami – Miller School of Medicine – Jackson Memorial Hospital, e um mês no Allegheny General Hospital, em Pittsburgh, na Pensilvânia. Fez sua primeira residência em Clínica Médica no Hospital Geral de Fortaleza – HGF, e sua segunda residência no R3 de Clínica Médica no mesmo hospital.
Dr. Bruno Cavalcante é médico assistente do Hospital São Carlos. Médico assistente do Hospital das Clínicas – HUWC/UFC, preceptor da Residência de Clínica Médica do HGF e professor de Clínica Médica da Universidade Christus – Unichristus.