Segundo a Dermatologista da Clínica Brasil Plastic, Drª Patricia Brasil (CREMEC 13754), a hanseníase pode ser confundida com outra doença ”a hanseníase muitas vezes pode ser confundida com micoses profundas, mas o tratamento depende da biópsia que analisam as lesões ocorridas, também podem ser feitos através da baciloscopia e pelo diagnóstico neural, analisa-se os nervos e assim possível ver o seu comprometimento. O tratamento pode variar, pois existem dois tipos de hanseníase: paucibacilar, possui poucos bacilos e o tratamento ocorre dentro de 6 meses e a multibacilar que possui muitos bacilos e o tratamento dura em torno de um ano.“
Para a Doutora o cuidado com a transmissão deve ser redobrado ”a transmissão ocorre através de gotículas de secreções nasais e orais, então o cuidado com os objetos da pessoa infectada deve ser especial, copos e talheres devem ser de uso exclusivo daquele paciente. Outros familiares que convivem com o infectado também devem ser avaliados”.
Por ser uma doença endêmica, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento gratuito, o paciente deve se encaminhar ao posto de saúde mais próximo de sua residência e fazer todo o tratamento.
Uma dúvida bem frequente que sempre chega em seu ao consultório é “saber se é possível comprar o tratamento”, a especialista responde, “ele não pode ser comprado pois é ofertado gratuitamente, e se você perceber que tem alguém querendo vender esse medicamento, denuncie!”.
Caso o paciente não continue o tratamento podem ocorrer a contaminação de outras pessoas. O risco é grave para o infectado sem tratamento, pois suas manchas podem transformar-se em lesões e acabar evoluindo para nódulos, e no estado mais crítico o mesmo pode tornar-se uma doença chamada “fenômeno de lúcio”, que é uma vasculite grave, o paciente fica internado na UTI mas pode vir a óbito.
Então a recomendação da profissional é procurar tratamento assim que aparecerem as primeiras manchas “como já foi relatado, a hanseníase tem tratamento, então procure um profissional de saúde”.