O sexo é visto ainda hoje, em pleno 2022, como um tabu em nossa sociedade. Falar sobre sexo no Ceará e Brasil em uma roda de mesa de bar, por exemplo, é sinônimo de falar com piadas e isso cai no senso comum, risadas e palhaçada. Não que não possamos rir do sexo, nem que isso não possa ser visto com alegria, sorriso e descontração. Até concordo que é importante que seja, mas percebo como terapeuta na narrativa das pessoas que o tema apenas é trazido à pauta sem a profundidade e o olhar das dores associados ao coletivo, como traumas ligados à sexualidade e disfunções sexuais.
Nossa sociedade enxerga o sexo como algo ruim, pecaminoso, lacivio, não apropriado. O sexo, bem como o orgasmo, devem ser vistos como contextos e situações diferentes. Nossa sociedade enxerga sexo e orgasmo sempre juntos e associados. E você leitor, deve estar se perguntando: E é realmente possível enxergar de forma dissociada?
O sexo é algo que conecta nossa energia primordial do chackra básico com o afeto que deveria teoricamente se ter com a pessoa que nos conectamos. É importante frisar que o sexo é algo sublime, lindo, engrandecedor quando o fazemos com alguém que amamos. A energia sexual literalmente sobe do chackra básico e vai até o cardíaco e gera um grande e poderoso fluxo energético de um para o outro. Isso ocorre somente quando existe afeto e amor em ambas as partes.
Atendo com muita frequência pessoas que chegam ao atendimento terapêutico com disfunções sexuais, tais como mulheres com ausência parcial ou total de orgasmo, homens e mulheres com excesso de libido, ejaculação precoce e trago a eles o conceito do orgasmo terapêutico. Esse orgasmo terapêutico deve ser olhado e entendido como um tratamento sério e terapêutico por meio da respiração combinada com práticas meditativas extraídas do Tantra, aonde facilitamos a vivência para casais e homens/mulheres solteiros(as) que desejem trazer um olhar interno de transformação de suas questões especificas que podem trazer dor e sofrimento interno.
Para se ter ideia da gravidade do caso, pesquisas de Carmita Abdo, renomada pesquisadora aponta que de cada 10 mulheres 6 possuem ausência de orgasmo. De cada 10 homens, 5 alegam formalmente terem vivenciado situações de ejaculação precoce. Esse dado foi feito via internet sem identificação da pessoa dado o grande desafio da pessoa se identificar ou se mostrar pelo medo do ridículo ou vergonha social a exposição.
Sabe-se, por exemplo, que um homem com ejaculação precoce frequente possui alto nível de ansiedade em seu quadro emocional. Se isso permanecer ocorrendo, desencadeará frustração em si e em sua companheira como por exemplo ausência de orgasmo parcial ou total. Como a mulher muitas quer evitar problemas por achar que o homem irá trazer para si isso, acaba ficando frustrada e ficando uma relação, “sem vida”, sem liberação de neurotransmissores de endorfina, dopamina e serotonina que são liberados na relação sexual através do orgasmo. Se a relação é comprometida ou sub utilizada, essa liberação será reduzida, impactando diretamente na qualidade da conexão da intimidade do casal.
Por esse e muitos outros motivos que não vou nesse artigo explanar por limitação de espaço, o sexo é algo muito mais importante vital, relevante, expressivo do que algo “supérfluo” como alguns afirmam em redes sociais ou rodas de conversa em mesa de bar. É um tema de relevante importância pois ajuda a você leitor homem a obter mais autoestima, mais foco no seu trabalho, a produzir mais, a evitar ficar pensando em sexo nos momentos inapropriados.
Daniel Hamido terapeuta tântrico
Terapeuta formado pela Comunna Metamorfose. Há 15 anos atua com Terapia Corporal em campos energéticos e dimensões sutis física, mental, emocional e espiritual, já tendo atendido mais de 2000 pessoas nessa caminhada. Formado como mestre Reiki, Radiestesia e Apometria – técnicas de identificação, limpeza e correção energética- ministra cursos na área para uso pessoal. Formado como Master em Eneagrama pelo Ibeth (Instituto Brasileiro de Eneagrama e terapias holísticas). Formado em Educação Física pela Universidade Federal do Ceará.