Cabeto Carvalho nasceu artista. Ele é exuberante, ousado e criativíssimo. Ele tem despido, vestido e revestido grandes personalidades nacional e internacionalmente desde a década de 1970. No dia 11 de março, ele mostrou sua intrepidez de cores, formas e estilo na passarela do Theatro Jose de Alencar. Sua arte – que é autodidata – é resultado de suas vivências também cheias de força e atitude ao longo de sua carreira e vida. Aqui, vamos testemunhar um pouco do trabalho deste icônico homem de ares londrinos, coração frenético, espírito cosmopolita e práticas espontâneas! Este ano sua marca completa 50 anos de total vanguardismo e espontaneidade – sem nunca esquecer suas raízes e regionalismo – e, ao mesmo tempo, felizmente, sendo ainda refinadamente universal, urbano e cosmopolita! Assim, celebremos juntos com ele – aqui e agora – o sucesso da moda que não sai de moda de Cabeto Carvalho.
O produtor cultural, ator e modelo Gilson Tenório convidou o estilista Cabeto Carvalho para apoiar e participar do desfile de encerramento do curso para modelos “Um Modelo de Curso – Moda Atual”, formação conduzida pelo produtor. O evento foi aberto ao público e deu aos presentes a chance de ver em cena a intrépida moda de Cabeto desfilada pelos aluno-modelos, nos jardins do Theatro José de Alencar no dia 11 de março, às 19h.
Na plateia havia representantes de todas as faixas etárias e sociais e a celebração de um marco da moda Made in Ceará. Os presentes acompanharam atentos e receptivos o desfile que já se inicia com o próprio estilista desfilando sua marca na companhia de Souma, um dos destaques da noite. Pura descontração, elegância e encantamento para todos os envolvidos.
A realização do evento foi da Casa Sidney Souto, dirigida por Lua Ramos, e com o apoio do Theatro José de Alencar, por meio da Fundação Amigos do Theatro José de Alencar – FATJA. Com capacidade máxima para 200 pessoas e seguindo todas as recomendações no combate à Covid-19, o desfile teve como pano de fundo o jardim planejado pelo celebrado arquiteto Burle Marx.
A valorização da criatividade e do regionalismo
Na ocasião, a passarela também serviu como instrumento para instigar aos presentes sobre resistência, subversão, exclusão e opressão, seja por gênero, raça, classe social ou, principalmente – no caso da moda – do corpo que se desvia dos padrões que a indústria considera belo.
O curso ministrado por Gilson ofereceu vagas para jovens entre 12 e 25 anos e tinha como foco central a desmistificação dos desfiles de moda que povoa o imaginário da maioria das pessoas e a disponibilização de oportunidade de conhecimento real deste mesmo mundo. Os 20 alunos-modelos foram munidos com técnicas de passarela, andamento, postura e etiqueta social, além de palestras de convidados profissionais nas áreas de teatro, fotografia, maquiagem, estilismo, psicologia e nutrição. Gilson Tenório é produtor cultural, ator, modelo e facilitador em cursos e oficinas de Moda e Passarela, dentro de uma trajetória de trabalho de mais de 30 anos.