A agência Enseada Turismo promove nos dias 13 e 20 de dezembro uma programação especial exclusiva para guias de turismo, vendedores, imprensa e formadores de opinião. A ideia central é celebrar a chegada de mais uma alta temporada. A empresa – com mais de 15 anos no mercado – vai apresentar uma novidade dentre os passeios oferecidos no litoral cearense: trata-se do “combo turístico” Mundaú e Flecheiras, que levará visitantes a conhecer essas duas exuberantes praias em apenas um dia.
O Famtour Enseada Alta Temporada 2020-2021 acontece nos dias 13 e 20 de dezembro. Um evento exclusivo para convidados, com um roteiro que contará com passeio de barco, show de humor e cocktail. Os participantes embarcarão às 8h30, na sede da Enseada Turismo, com chegada prevista em Mundaú às 11h. Logo em seguida, um passeio de barco levará os convidados para Flecheiras, para um almoço no Restaurante Marítimo. Em seguida haverá um show de humor. O evento será finalizado com a presença de um DJ e convidados assistindo ao pôr do sol local.
“Fazemos sempre esse evento, uma ou duas vezes no ano, como forma de confraternização e apresentação de novos roteiros turísticos para vendedores e guias. Este ano, levaremos conosco pessoas chaves – imprensa, blogueiros e formadores de opinião – para conhecerem nossos roteiros conosco. Acredito que não devemos parar de inovar e promover novos destinos” afirma o empresário Gabriele Colleti, dono da Enseada Turismo. Acreditamos que essa fase da pandemia vai passar. Temos realizado viagens que seguem os protocolos de segurança, para garantir a diversão, o bem estar e a saúde dos nossos clientes”, completa.
Trairi
Trairi, palavra de origem Tupi que significa Rio das Traíras, é um município do estado do Ceará, localizado a 137 km de Fortaleza. Segundo a historiadora Maria Pia de Sales, Trairi nasceu como aldeia em 1608, com a chegada dos Pitiguaras às margens do rio Trairi. Entre o século XVI e a metade do século XVII, ainda se encontrava nesta mesma situação. No final do século XVII, começaram a chegar portugueses que se estabeleceram, constituindo famílias. A ocupação se intensifica no município em meados do século XVIII, quando os colonos Nicolau Tolentino, Marinheiro Cunha, Manuel Barbosa, Xavier de Sousa, João Verônica e Antônio Barros de Sousa estabeleceram fazendas na região. O povoado é elevado à categoria de Município em 22 de novembro de 1951 e instalado em 25 de março de 1955 com o desmembramento do município de São Gonçalo do Amarante.
Praia de Mundaú
Está a 17 km do centro da cidade de Trairi. Ali, combinaram-se vários elementos, num encontro de rara beleza: o rio, o mar, as dunas e os coqueirais. Um passeio de barco pelo rio é uma boa maneira de conhecer as belezas locais. Há também a possibilidade de passeios de carro para ver de perto as lagoas e a vegetação típica regional. A praia de Mundaú é também conhecida pelo ecoturismo, com trilhas, mergulhos e esportes como sandboard e Kitesurf.
Praia de Flecheiras
O grande atrativo são as piscinas naturais formadas pelos recifes na maré baixa. O visitante desfruta de boas pousadas à beira-mar e pode fazer longas e revigorantes caminhadas. Para quem procura diversão e agito: bares, restaurantes e casas de show animam a noite. Festivais e campeonatos esportivos são realizados constantemente. Flecheiras ainda conta com um Reveillon incrível. Cada vez mais a festa vem atraindo um público crescente. Uma festa linda em um lugar lindo!
Trairi é assim
de Cláudio Rôla, escritor trairiense
Entre o mar e o rio, depositamos nossas esperanças e fincamos as raízes da nossa fé: na bondade de Deus, na dignidade dos homens e das mulheres. Do piscoso rio, outrora povoado de traíras, extraímos a inspiração do nome Trairi e, nesta terra bendita, assistimos ao milagre que salvou os d`além mar, os quais, agradecidos, nos favoreceram com a imagem de Nossa Senhora do Livramento que, ainda hoje, nos abençoa e protege. Somos mais de cinquenta mil almas, espalhadas por mais de novecentos quilômetros quadrados de solo bonançoso. Nem todos nós somos ricos de bens, mas, seguramente, somos todos abastados do bem: ordeiros, hospitaleiros, solidários e bem humorados: amigos, sem dúvida! Vocacionados para o turismo, para a pesca e para a agricultura, muito ainda temos por fazer. Mas os lá de fora já bebem a nossa água de coco engarrafada, comem a nossa farinha de mandioca, apreciam as delícias das broas e “bulins” crocantes, que fazemos com goma branquinha, torrada em forno de fogo brando, e enfeitam suas mulheres com nossas rendas, tecidas ao som ritmado do entrechoque dos bilros. As nossas praias, de incomparável encanto nativo, asseguram-nos o retorno daqueles que nos visitam, porque provaram dos nossos mariscos, beberam o caldo revigorante das nossas peixadas e se renderam ao aconchego da terrinha, onde os visitantes bem queridos se misturam aos nativos, nas retiradas das redes de arrasto, nas manobras do kite surf, nos passeios de catamarã, no Festival das Algas, no Festival do Camurupim, no réveillon, numa convivência naturalmente alegre e feliz. Mantemos sempre nossos braços e mãos solidariamente estendidos, na busca de outros braços e mãos, para um mútuo e carinhoso afago, na afirmação da amizade. O nosso cotidiano tem enxadas e foices, que capinam e roçam manejadas pelas mãos calosas dos nossos trabalhadores, numa agricultura ainda do ”tempo de ontem”, labuta diária que principia com o cantar do galo e encerra com o zurrar do jumento, que saúda o final da tarde que se instala na despedida de mais um dia que se finda. Rezamos sempre, amamos sempre, trabalhamos… quase sempre. E ainda nos sobra tempo para jogar o futebol brasileiro, de cada dia. Sem muita técnica, mas com muitos técnicos, caneladas e chutões. Nas caldeiras dos nossos engenhos, aquecidas pelo fogo ardente da queima do bagaço da cana e da bucha do coco, ferve o caldo da cana de açúcar, cujo plantio, em balcões e leiras, tinge de verde os nossos baixios e vazantes. Em tachos rústicos, feitos de barro cozido, o mel grosso é revirado em frenéticos movimentos circulares e, em seguida, derramado nas formas, onde adormece e se transforma na mais saborosa rapadura, loura ou morena, conforme a perícia do ponteiro e o gosto do freguês. De nossas olarias artesanais, tijolos brancos e porosos ganham as estradas e as cidades, onde frequentam construções de ricos e de pobres. Nossas escolas estão aí! Do maternal à universidade, graduamos a nossa gente. Somos professores de nós mesmos! Na literatura, alçamos voos largos escarranchados nos sonhos dos nossos poetas e prosadores. Se nos encanta a beleza plástica dos nossos bailarinos, em ousadas incursões pela dança clássica, mais nos identificamos com os folguedos juninos, celebrados em volta das fogueiras que clareiam terreiros de areias alvas. Alimentamos o nosso senso crítico e afirmamos as nossas próprias concepções pela força interpretativa dos nossos atores, nos teatros e palcos da vida. Somos uma gente que sabe de si, porque constrói e reconhece a sua própria história. Em Trairi, as noites se vestem de prata, quando a magia da lua cheia aponta no nascente e o seu clarão recorta a silhueta do coqueiral, que baila no vazio da imensidão, tangido pelo açoite do Vento-Norte. Embriagada pela pujança da natureza, nossa imaginação mergulha no mundo dos devaneios, cria imagens e ouve o silêncio, na vivência de uma felicidade que somente os melhores sonhos podem conceber. Venham viver conosco estes sonhos! Façam da nossa terra a sua terra! Da nossa casa a sua casa! Da nossa gente a sua família! Trairi é um bem da natureza, e a natureza é obra de Deus, patrimônio da humanidade.