‘Quarteto de atores em interpretação vigorosa e refinada. Debora Bloch em atuação irretocável’.
( O Globo / Macksen Luiz)‘As admiráveis interpretações sob a direção de Guilherme Weber realçam a humanidade tocante do espetáculo’.
(Jefferson Lessa / Veja Rio)‘No palco, quatro atores que honram o teatro com T maiúsculo’.
(Martha Medeiros)
Este projeto foi selecionado pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura 2017/2018.
A estreia de ‘The RealisticJoneses’ marcou a estreia de Will Eno na Broadway em 2014, após vários êxitos no teatro americano. Debora Bloch – que já acompanhava e estudava a trajetória do autor – assistiu à montagem e decidiu que iria produzir o texto no Brasil. Com os direitos cedidos, firmou parceria com Guilherme Weber, que assina a direção da empreitada e tem total intimidade com o universo do dramaturgo: ele ostenta o título de ator que mais encenou Will Eno em todo o mundo.
O espetáculo, que estreou em janeiro de 2016 no Teatro Poeira (RJ), cumpriu 3 meses de temporada na cidade carioca e, em abril deste mesmo ano, estreou no Teatro Porto Seguro, na capital de São Paulo, ficando por mais 2 meses em cartaz. Duas bem-sucedidas temporadas, marcadas pelo encontro inédito nos palcos de Debora com Emílio de Mello, Fernando Eiras e Mariana Lima. No segundo semestre de 2016, a peça circulou por sete cidades brasileiras, percorrendo Sul, Centro Oeste e Nordeste.
Em cena, dois casais de vizinhos se encontram e descobrem ter mais em comum do que as casas idênticas e sobrenomes iguais. Com este ponto de partida, a peça flagra a convivência do quarteto e os relacionamentos que começam a se entrelaçar. Em um hábil jogo de cena, o autor mostra também que nem tudo é o que parece ser, fazendo ainda que as situações reflitam sobre os diferentes estágios do casamento.
Para o diretor, ‘Os Realistas’ é um exercício do autor sobre o gênero realista. ‘É um gênero em que os heróis dão lugar a pessoas comuns. Nesta história, Eno desloca seus personagens para uma pequena cidade interiorana e campestre, em um movimento de alguma maneira também reverente ao teatro de Tchekhov. Este confronto com a natureza, o vasto e o desconhecido faz com que estes personagens se cruzem em uma comédia existencialista sobre vida, morte, amor e vizinhos’, analisa Guilherme Weber, cuja relação com a obra de Will Eno começou em 2003, quando estrelou e assinou a criação com Felipe Hirsch da montagem brasileira de ‘Temporada de Gripe’ (‘The FluSeason’). Depois, seguiu com ‘ThomPain – Baseado em Nada’ (2006) e ‘Lady Grey – Em Luz Cada Vez Mais Baixa’ (2006), nas quais também atuou e dividiu a criação com Hirsch, e ‘Ah, a Humanidade e Outras Boas Intenções’, reunião de cinco peças curtas do autor, em que atuou e assinou o projeto junto com Murilo Hauser.
‘Os Realistas’ marcou ainda o retorno de Debora Bloch à produção teatral, tarefa que abraçou em meados dos anos 80. De lá para cá, ela foi responsável por espetáculos que marcaram a história recente do teatro brasileiro, como ‘Fica Comigo Esta Noite’ (1990), que lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Atriz em 1990, ‘Duas Mulheres e Um Cadáver’ (2000), estrelado e produzido ao lado de Fernanda Torres, ‘Tio Vânia’ (2003), em montagem dirigida por Aderbal Freire-Filho que ocupou o Parque Lage. Seu último espetáculo foi o monólogo ‘Brincando Em Cima Daquilo’ (2007/2008), com direção de Otávio Muller.
Will Eno por Guilherme Weber
Will Eno já foi chamado pela crítica nova iorquina de ‘O Samuel Beckett da geração Jon Stewart’, em referência ao apresentador e comediante que esteve à frente do programa Daily News por dezesseis anos. Aluno de Edward Albee, em sua famosa oficina de dramaturgia, foi apontado pelo mestre como o melhor dramaturgo de sua década. Criando códigos originais a partir de suas consagradas referências, como Harold Pinter, além de Beckett e o próprio Albee, Eno foi indicado ao prêmio Pulitzer pelo monólogo ‘ThomPain – Baseado em nada’.
Em sua primeira experiência como espectador, junto ao seu pai em uma pequena plateia, é que o dramaturgo passa a criar seus códigos de criação, lembrando da delicada situação pela qual passaram os atores daquela montagem quando, ao tentar realizar um truque cênico, foram revelados em sua tentativa de ilusão. Uma cadeira, presa a um fio de nylon, deveria sair do palco em um movimento mágico, conduzida pelo fio invisível. No meio do movimento, a cadeira cai e sai do palco arrastada, como um peixe morto. O truque falhado, a cadeira arrastada, os atores fragilizados e as entranhas do teatro reveladas aos espectadores provocou tal impacto no jovem Eno que a ativação desta memória passou a pautar sua sofisticada escrita, que busca, de diferentes maneiras, recriar esta sensação de perigo e exposição, que em sua obra às vezes acomete os personagens, às vezes os atores e quase sempre os espectadores.
‘Os Realistas’ (‘The RealisticJoneses’, no original) marca a estreia do autor na Broadway. O que faz uma peça como esta, no mais tradicional circuito de teatro americano, é a pergunta que a maioria dos críticos e espectadores se fez ao longo da temporada. Will Eno não é conhecido por suas tramas urdidas para o espectador médio. Mas, ao longo dos meses, os personagens complexos e os diálogos profundos, engraçados e cheios de jogos de linguagem, que são uma das mais fortes características do autor, conquistaram o público através das performances de ourivesaria dos quatro atores. A estreia de Will Eno na Broadway terminou com pleno êxito.
Este projeto foi selecionado pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura 2017/2018, uma seleção pública que tem como objetivo contemplar projetos de circulação de espetáculos teatrais não inéditos, em parceria com o Ministério da Cultura. No último edital foram investidos R$15 milhões. Ao todo, foram escolhidos 57 espetáculos representantes de todas as regiões do país, com apresentações em todos os Estados brasileiros. Os Realistas circulará por quatro importantes cidades, abrangendo Nordeste e Sudeste.
Natal (RN) – 11 e 12 de agosto de 2018
Fortaleza (CE) – 01 e 02 de setembro de 2018
Campinas (SP) – 14, 15 e 16 de setembro de 2018
Niterói (RJ) – 22 e 23 de setembro de 2018
HISTÓRICO OS REALISTAS
PRÊMIOS E INDICAÇÕES em 2016
Prêmio APTR 2016
Atriz – Debora Bloch
Cenografia – Daniela Thomas e Camila Schmidt _ PREMIADAS
Iluminação – Beto Bruel
Produção – Alessandra Reis, Cristina Leite e Paula Valente
Prêmio SHELL 2016 / 1º semestre
Atriz – Debora Bloch
Prêmio CESGRANRIO 2016
Atriz – Debora Bloch _ PREMIADA
Ator – Emílio de Mello
Diretor – Guilherme Weber
Cenografia – Daniela Thomas e Camila Schmidt
Prêmio Aplauso Brasil
Elenco – Os Realistas
Prêmio Questão de Crítica
Ator – Emílio de Mello _ PREMIADO
FICHA TÉCNICA
Texto
Will Eno
Tradução
Ursula de Almeida Rego Migon e Erica de Almeida Rego Migon
Direção Geral, Adaptação e Trilha Sonora
Guilherme Weber
Elenco
Debora Bloch, Emílio de Mello, Guilherme Weber e Isabel Teixeira
Cenografia
Daniela Thomas e Camila Schmidt
Figurinos
Ticiana Passos
Iluminação
Beto Bruel
Direção de Produção
Alessandra Reis
Produção local:
FreeLancer Producções
SERVIÇO:
Cineteatro São Luiz (Rua Major Facundo, 500 – Centro)
Dias: 01 (sábado) e 02 (domingo) de setembro de 2018
Sábado 18h e 21h | Domingo 18h
Acessibilidade: apresentações em Libras dia 01 (sábado) nas duas sessões e audiodescrição na apresentação do dia 02 (domingo).
Duração 100 minutos
Gênero comédia dramática
Classificação 12 anos
Valores: R$25,00 inteira| R$12,50 meia
Ingressos no local ou www.tudus.com.br